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quinta-feira, 15 de abril de 2010

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sábado, 10 de abril de 2010

REVISTA O CONSOLADOR PUBLICA NOSSO ARTIGO

O Consolador
Revista Semanal de Divulgação Espírita

Ano 3 - N° 153 - 11 de Abril de 2010


Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 153 - 11 de Abril de 2010

JORGE HESSEN
jorgehessen@gmail.com
Brasília, Distrito Federal (Brasil)

Industrialização de eventos espíritas “grandiosos”


Allan Kardec escreveu, na Revista Espírita de novembro de 1858, que "jamais devemos dar satisfação aos amantes de escândalos. Entretanto, há polêmica e polêmica. Há uma ante a qual jamais recuaremos — é a discussão séria dos princípios que professamos. “É isto o que chamamos polêmica útil, pois o será sempre que ocorrer entre gente séria, que se respeita bastante para não perder as conveniências. Podemos pensar de modo diverso sem diminuirmos a estima recíproca.

Que os dirigentes espíritas, sobretudo os comprometidos com órgãos ‘unificadores’, compreendam e sintam que o Espiritismo veio para o povo e com ele dialogar, conforme lembrava Chico Xavier. Devemos primar pela simplicidade doutrinária e evitar tudo aquilo que lembre castas, discriminações, evidências individuais, privilégios injustificáveis, imunidades, prioridades, industrialização dos eventos doutrinários.

Os eventos devem ser realizados, gratuitamente, para que todos, sem exceção, tenham acesso a eles. Os Congressos, Encontros, Simpósios etc. precisam ser estruturados com vistas a uma programação aberta a todos e de interesse do Espiritismo, e não para servirem de ribalta aos intelectuais com titulação acadêmica, como um ‘passaporte’ para traduzirem ‘melhor’ os conceitos kardequianos. Não há como "compreender o Espiritismo sem Jesus e sem Kardec para todos, com todos e ao alcance de todos, a fim de que o projeto da Terceira Revelação alcance os fins a que se propõe." (1)

"A presença do elitismo nas atividades doutrinárias (...) vai expondo-nos a dogmatização dos conceitos espíritas na forma do Espiritismo para pobres, para ricos, para intelectuais, para incultos." (2) Infelizmente, alguns se perdem nos labirintos das promoções de shows de elitismo nos chamados "Congressos". Patrocinam eventos para espíritas endinheirados, e, sem qualquer inquietação espiritual, sem quaisquer escrúpulos, cobram altas taxas dos interessados, momento em que a ideia tão almejada de "unificação" se perde no tempo. Conhecemos Federativa que chega a desembolsar R$ 90.000,00 (noventa mil reais); isso mesmo! 90 mil, para promover evento destinado a 3, 4, 5.000 (cinco mil) pessoas. A pergunta que não quer calar é: será que o Espiritismo necessita desses eventos "grandiosos"? Cobrar taxa em eventos espíritas é incorrer nos mesmíssimos e seculares erros da Igreja, que, ainda hoje, cobra todo tipo de serviço que presta à sociedade. É a elitização da cultura doutrinária.

Sobre isso, Divaldo Franco elucida na Revista O Espírita, edição de 1992, o seguinte: "é lentamente que os vícios penetram nos organismos individuais e coletivos da sociedade. A cobrança desta e daquela natureza, repetindo velhos erros das religiões ortodoxas do passado, caracteriza-se ambição injustificável, induzindo-nos a erros que se podem agravar e de difícil erradicação futura. Temos responsabilidade com a Casa Espírita, deveres para com ela, para com o próximo e, entre esses deveres, o da divulgação ressalta como uma das mais belas expressões da caridade que podemos fazer ao Espiritismo, conforme conceitua Emmanuel, através da mediunidade abençoada de Chico Xavier. Nos eventos essencialmente espíritas, deveremos nós, os militantes na doutrina, assumir as responsabilidades, evitando criar constrangimentos naqueles que, de uma ou de outra maneira, necessitem de beneficiar-se para, em assimilando a doutrina, libertarem-se do jogo das paixões, encontrando a verdade. O dar de graça, conforme de graça nos chega, é determinação evangélica que não pode ser esquecida, e qualquer tentativa de elitização da cultura doutrinária, a detrimento da generalização do ensino a todas as criaturas, é um desvio intolerável em nosso comportamento espírita". (3)

As Federativas Espíritas devem envidar todos os esforços para que não haja a necessidade de qualquer cobrança de taxa de inscrição dos participantes de Congressos, procurando fazer frente aos custos do evento. Para esse mister devem buscar viabilizar, previamente, os recursos financeiros através de cotização espontânea de confrades bem aquinhoados. Realizar promoções, doutrinariamente, recomendáveis para angariar fundos. Os dirigentes devem preservar o Espiritismo contra os programas marginais, atraentes e, aparentemente, fraternistas, que nos desviam da rota legítima para as falsas veredas em que fulguram nomes pomposos e siglas variadas.

A Doutrina Espírita é o convite à liberdade de pensamento, tem movimento próprio, por isso, urge deixar fluir naturalmente, seguindo-lhe a direção que repousa, invariavelmente, nas mãos do Cristo. Chico Xavier já advertia, em 1977, que "É preciso fugir da tendência à 'elitização' no seio do movimento espírita (...) O Espiritismo veio para o povo. É indispensável que o estudemos junto com as massas mais humildes, social e intelectualmente falando, e deles nos aproximarmos (...). Se não nos precavermos, daqui a pouco, estaremos em nossas Casas Espíritas, apenas, falando e explicando o Evangelho de Cristo às pessoas laureadas por títulos acadêmicos ou intelectuais (...)". (4)

Não reprovamos os Congressos, Simpósios, Seminários, encontros necessários à divulgação e à troca de experiências, mas a Doutrina Espírita não pode se trancar nas salas de convenções luxuosas, não se enclausurar nos anfiteatros acadêmicos e nem se escravizar a grupos fechados. À semelhança do Cristianismo, dos tempos apostólicos, o Espiritismo é dos Centros Espíritas simples, localizados nos morros, nas favelas, nos subúrbios, nas periferias e cidades satélites de Brasília; e não nos venham com a retórica vazia de que estamos propondo, neste artigo, alguma coisa que lembre um tipo de "elitismo às avessas". Graças a Deus (!), há muitos Centros Espíritas bem dirigidos em vários municípios do País. Por causa desses Núcleos Espíritas e médiuns humildes, o Espiritismo haverá de se manter simples e coerente, no Brasil e, quiçá, no Mundo, conforme os Benfeitores do Senhor o entregaram a Allan Kardec. Assim esperamos!

Referências:

(1) Cf. Entrevista concedida ao Dr. Jarbas Leone Varanda e publicada no jornal uberabense “O Triângulo Espírita”, de 20 de março de 1977, e publicada no Livro intitulado “Encontro no Tempo”, org. Hércio M.C. Arantes, Editora IDE/SP/1979.

(2) Editorial da Revista “O Espírita”, ano 11, número 57 - jan/mar/90.

(3) Revista “O Espírita/DF”, ano 1992 - Página "Tribuna Espírita" - Divaldo Responde - p. 16.

(4) Entrevista concedida ao Dr. Jarbas Leone Varanda e publicada no jornal uberabense “O Triângulo Espírita”, de 20 de março de 1977, e publicada em Encontro no Tempo, Hércio M.C. Arantes (Org.), Editora IDE/SP/1979.

ESPETACULARIZAÇÃO DA FÉ

ESPETACULARIZAÇÃO DA FÉ



Vania Borges Camargo
vaniabc@brturbo.com.br

A questão do custo de inscrição em eventos espíritas, bem assim a de captação de recursos financeiros, em geral, para esses mesmos eventos, retorna à ordem do dia, pois está sendo motivo de sérias discussões, atualmente, no nosso meio.
No meu entendimento, essa questão apresenta dois aspectos mais relevantes, dentre outros.
Um primeiro aspecto, que, a igual tempo, constitui um tema de fundo, diz respeito à própria natureza religiosa de Igrejas, movimentos e correntes que, em comparação com a prática da Doutrina Espírita, na experiência brasileira atual, leva a reflexões comparativas dessa prática com a daquelas Igrejas, no campo da comunicação mercadológica, midiática e massiva, com cultos em grandes espaços abertos ou fechados, inclusive com a presença de artistas e músicos, pastores-âncoras, exibições com depoimentos de pessoas, supostamente beneficiadas com curas, conquistas materiais de toda sorte, a corrida ao ouro das contribuições ensacadas. É tudo a espetacularização da fé. É, nem tanto assim, a demonização do demônio. É a vitória na vida à custa da cegueira da crença e de um, progressivamente, elevado custo do prêmio do “seguro” da realização dos anelos materiais em calorosas e fortes manifestações de esperança-espiral-espiritual.
As mais fortes e consolidadas dessas Igrejas e movimentos usam e abusam da televisão própria ou de tempo de televisão alheia, locado com o dinheiro de crentes, irmãos e fiéis.
Nada disso faz parte do “show” dos espíritas e do Espiritismo. Ao contrário, estes primam pela discrição, pela reflexão silenciosa. Os “améns”, as “aleluias” e os “vivas” não reverberam nos Centros Espíritas, verdadeiros templos de estudos, orações, forças do pensamento, do sentimento, do sensorial, do cativo-sensitivo-humanista. Quer dizer, o Espiritismo é a pregação de pequenos cultos do homem pelo homem, enquanto homem feito carne, mas, conscientemente, pronto a se fazer Espírito.
A espetacularização disso é o antiespiritismo. Seria um Espiritismo, caminhando para viver de “shows” de comunicação em grandes auditórios. Cobra-se uma “contribuição compulsória” dos participantes; em tudo ele passaria a concorrer com as Igrejas do mercado, que sugam a fé, a esperança, pior, a necessidade de quem, por esta própria natureza, necessita mais do que não necessita. E quem seriam os “pastores” da comunicação? Os palestrantes, os conferencistas, doutrinadores nacionais e estrangeiros? Ora, que venham estes, se quiserem, trazer sua contribuição “superior” ao desenvolvimento do permanente processo de “superiorização” daqueles que se entregam às missões individuais e sociais espíritas.
Chegam a ser grosseiras algumas manifestações daqueles que propõem o caminho da tendência da espetacularização do Espiritismo. É a tendência para o “ter”, superando a inclinação para o “ser”.
A humildade, o despojamento, o desprendimento, a descida ao nível dos participantes, a interlocução, o diálogo, tudo isso é o Espiritismo, praticado e ensinado, principalmente, pelos cultores e divulgadores da Doutrina Espírita, à voz surda dos livros, ou à voz baixa das pregações.
Aliás, o verdadeiro espírita tende a ser um pobre rico. Os espíritas vaidosos, orgulhosos, que adotam o lema do “custe o que custar”, tendem a ser ricos pobres. Nenhum espírita convicto, nenhum médium verdadeiro, nenhum teórico da doutrina pode ou, ao menos, deve discrepar dessa realidade na qual seu perfil de espiritista e espiritualista está traçado.
Se preferirem uma posição mais encorpada de adeptos espíritas, não completamente desafetos de poucas e específicas alternativas de custeio a eventos espíritas, creio que a posição adotada pela Federação Espírita do Paraná seja, plenamente, aceitável.
Nada além disso, sob pena de desconstruirmos, aos poucos, o Espiritismo no Brasil. Nossos crentes podem vir a se transformar em descrentes.
Estejamos, pois, de prontidão para agir contra idéias que denigram a pureza doutrinária espírita, pois atrás de nós vêm nossos herdeiros, a enfrentar um mundo em momentos de grande e maior inquietação moral, e, para esse enfrentamento, deverão estar bem apoiados na fé raciocinada, ou seja, na Doutrina Espírita, única com texto religioso, filosófico e científico capaz de elevar as consciências em desajuste a planos superiores.




8 de abril de 2010

JOSE PASSINI COMENTA SOBRE INDUSTRIALIZAÇÃO DE EVENTOS ESPÍRITAS "GRANDIOSOS”

CARO JORGE HESSEN

Concordo plenamente com o que você diz.
O Espiritismo chegou até aqui, íntegro, sem nada disso que se faz atualmente. Sinto não ter a minha assinatura nesse oportuno e excelente trabalho sobre INDUSTRIALIZAÇÃO DE EVENTOS ESPÍRITAS "GRANDIOSOS”
É um alertamento que ficará na história.
Avante, prossigamos!

Abraço,

José Passini
LEIA O ARTIGO REFERIDO POR PASSINI NA ÍNTEGRA. ACESSE OS LINKS ABAIXO
item 14/2010 do site www.jorgehessen.net
e blog
http://jorgehessenestudandoespiritismo.blogspot.com/2010/03/industrializacao-de-eventos-espiritas.html